FELIZ ANO NOVO MEUS AMIGOS


sexta-feira, 30 de julho de 2010

ESPREITEI À MINHA JANELA



Espreitei à minha janela
Me acenou a nostalgia
Depois passou a alegria
Num sorriso de criança

Nos olhos levava esperança
Nas mãozitas uma flor
Que cuidava com amor
Não fosse a mesma partir

E sempre, sempre a sorrir
Se me abeirou da janela
Me deu a florinha singela
Com um brilho no olhar.

Abri-a de par em par
Aquela janela minha
Para entrar a florinha
Misturada com a brisa

E na hora mais precisa
Entrou também o luar
Veio a minha flor beijar
Com seus pézinhos de lã

Acordei, era manhã
E quando fui a olhar
Estava a flor e o luar
A dormir no meu divã.

terça-feira, 20 de julho de 2010

DEI-TE O MEU LIVRO VELHINHO



Dei-te meu livro velhinho
Para tu o desfolhares
Trata-o pois com carinho
Mas abre-o devagarinho
Para não o estragares

Está velho e descorado
Pois perdeu a sua cor
Quem leu, não teve cuidado
Pois deixou-o amargurado
Não o tratou com amor

Lê nas pétalas da ilusão
As mágoas do meu sentir
E junto ao meu coração
Em montes de confusão
Os meus sonhos por abrir

Na parte escura e fria
Está guardada a solidão
Mistura as letras, varia
Forma a palavra alegria
E dá-lhe o calor de verão

E num canto amarrotado
Qual papel sem valor
Está meu amor, apagado
Sem calor amargurado
Á espera de ti amor.

segunda-feira, 14 de junho de 2010

terça-feira, 1 de junho de 2010

DIA DA CRIANÇA


Imagem tirada do google


Criança que moras na rua
Não te deram p'ra escolher
Uma família só tua
E uma casa p'ra viver

Não te deram o amor
Os afagos e carinhos
Só te deram foi espinhos
Desalento, fome e dor

Mataram a tua luz
Com guerra e sofrimento
Só te deram, o tormento
O ódio e a tua cruz

Caminhas já sem esperança
Mas tua alma te diz
Que devias ser criança
Com direito a ser feliz

E a todas, lá no fundo
Que têm e não dão valor
Ponham os olhos no mundo
E vejam o sofrimento profundo
De quem não tem, pão nem amor.

sexta-feira, 21 de maio de 2010

NO MEU JARDIM DE QUIMERA



No meu jardim de quimera
Eu plantei doce ilusão
Depois, eu fiquei á espera
E agora que é Primavera
Fui vêr, que doce emoção

Nasceu um lírio singelo
Encostado a uma rosa
Um cravo tão amarelo
Como o sol, lindo e belo
E uma violêta formosa

Uma hortência encarnada
Papoilas,azáleas,jasmim
E uma túlipa tão corada
Parecia envergonhada
De estar a olhar p'ra mim

Nasceu também uma cravina
Jacintos, um amor perfeito
Uma dália pequenina
Parecia uma menina
A baloiçar-se no leito

E assim com tantas flores
Neste jardim do meu peito
Talvez lavem minhas dores
Me enxuguem meus clamores
Se forem regadas direito

Mas se acaso esquecer
De as regar com carinho
Não voltarão a nascer
E meu jardim vai morrer
Na secura do caminho.

quinta-feira, 13 de maio de 2010

Sonhos




Lavei minh'alma de esperança
E fui secá-la num rio
Torci as minhas lembranças
E embarquei-as num navio


Perdi a minha razão
O sono e o meu sentir
Beijei as pedras do chão
E fiz as estrelas dormir


Calei a boca á saudade
Á dor e ao sofrimento
Aboli, tanta maldade
E dei voz ao pensamento


Pintei o céu de mil cores
O vento de azul marinho
E os sonhos dos amores
eu fui deitá-los nos ninhos


E quando os passarinhos
Fossem de novo voar
Mandavam os seus filhinhos
Espalhar esses sonhinhos
P'ró mundo inteiro sonhar.

segunda-feira, 10 de maio de 2010

domingo, 9 de maio de 2010

VIVA O BENFIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIICA!...

ESTIMADOS AMIGOS, VERDES, VERMELHOS, AZUIS E DE TODAS AS CORES, O BENFICA GANHOU E EU ESTOU A DELIRANTE. FIZ UMAS QUADRAS, QUE ESPERO QUE NÃO FIQUEM MAGOADOS COMIGO, POIS SE FOSSE AO CONTRÁRIO EU TINHA QUE OS OUVIR A VÓS. DESPEÇO-ME ASSIM COM CORDIAIS SAUDAÇÕES BENFIQUISTAS. VIVA O BENFIIIIIIIIIIIIIIIIICA


Meus queridos lagartões
Podem o cinto apertar
Deixam caír os calções
E com eles os rojões
Com o Benfica a ganhar

Arranjem uns sobretudos
Para essa juba guardar
Senão os próximos entrudos
Ficam roucos todos mudos
Até o Sporting ganhar.


Vou-te dar umas sugestões
Ó meu Jesus dos relvados
Empresta, sem condições
Umas asas aos leões
Que eles andam desasados

Dá-lhes lenços bom tamanho
Vai á Renova comprar
Que eles pôem tudo ao banho
Ao chorar baba e ranho
Até o país inundar.

sexta-feira, 30 de abril de 2010

O ANJINHO



Vestiram-me de branco, linho
Meteram-me um terço na mão
E puseram-me a caminho
À frente d'uma procissão

E eu assim caminhei
Com asas e sem voar
Mas todo o caminho olhei
Para o anjinho, meu par

E muita gente ao passar
Nos caracóis me mexia
Eu andava a ver, se via
A minha mãe a olhar

E já no fim do caminho
Eu desatei a chorar
Me vieram perguntar
Porque chorava o anjinho

Deram-me beijos a rir
Amêndoas para me calar
Mas eu não queria seguir
E continuei a chorar

E mães das meninas, a par
Saíram da procissão
Para me puxarem p'la mão
P'rá procissão não parar

Chorei o resto do caminho
Ninguém descobriu porém
Que eu não queria ser anjinho
Eu só queria a minha mãe.

Só vi a minha mãe passados 6 meses.

quinta-feira, 22 de abril de 2010

O MEU ROUXINOL


Faz hoje precisamente 32 anos que fui mãe pela primeira vez e nasceu o meu rouxinol. O nome de rouxinol é por ele gostar muito de cantar. Onde quer que esteja em casa, com amigos, ele canta e encanta-me. Parabéns meu querido, por tudo o que me deste, ao longo destes anos, pela doçura, pela alegria, pelo amor e por seres quem és. Um filho maravilhoso. Que a vida te dê tudo o que ambicionas pois tu mereces. Dedico-te estes meus versos e que tenhas um dia feliz. Beijócas da mami.



Neste jardim do meu peito
Mora um lindo rouxinol
Me encanta com seu jeito
Meigo, doce, coração mole

Sempre gostou de cantar
Seja Dezembro ou Janeiro
Ele canta o ano inteiro
E sem nunca se cansar

Foi em Abril que nasceu
A vinte e dois foi o dia
Foi a minha grande alegria
A primeira que me deu

E o rouxinol foi estudar
E entre livros e amores
Estudou computadores
Para depois se formar

E o meu jardim murchou
Ao ver que rouxinol cresceu
Ele ganhou asas e voou
E tem um ninho só seu

E todos os dias assim
Quer chova ou faça Sol
Ele liga sempre p'ra mim
P'ra saber do meu jardim
O meu lindo rouxinol.

domingo, 18 de abril de 2010

FIZ


Fiz do sonho uma quimera
Do meu ser, doce ilusão
Do Inverno a Primavera
E do amor uma canção

Fiz da tristeza, alegria
E joguei fora, a saudade
Do vendaval, calmaria
E da prisão, liberdade

Da morte, eu fiz a vida
Sem anos sem ter idade
Dei chuto na despedida
E anulei a maldade

Á ganância mais submersa
Eu lhe dei um coração
E na mente mais perversa
Plantei, bom senso e razão

Ás crianças, dei verdade
Amor, ternura, brinquedos
Destruí-lhes os seus medos
E dei-lhes só felicidade

Deixei o ódio ausente
E das maiores amarguras
Eu fiz laços de ternura
Para dar a toda a gente

Da mentira fiz verdade
De mim fiz com emoção
Muitos laços de amizade
Que distribuo de verdade
Para vós, de coração.

quinta-feira, 8 de abril de 2010

MEU CORAÇÃO




Revestido de rebeldia
Assim está meu coração
Não ouve só me arrelia
Não escuta a minha razão

Vira as costas vai embora
E só faz o que ele quer
Me desdenha a toda a hora
Só porque eu sou mulher

Não quer mais obedecer
Me diz que agora é o rei
Que já tem o seu querer
E o seu querer não tem lei

E quando fica zangado
De eu dizer, tem que ser
Chega até a ser malcriado
E diz que nem me quer ver

Sempre viveu na prisão
Nunca lhe dei liberdade
Me acusa e com razão
Só lhe dei mágoa e saudade

A alguém eu o vou dar...
Descobri que não é meu
Se eu o podesse ofertar
Talvez o fossem tratar
Melhor dele do que eu.

terça-feira, 30 de março de 2010

ANTÓNIO ALEIXO

Hoje, não vou postar nada meu, mas sim, de um poeta que eu adoro. Nasceu a 18 de Fevereiro de 1899, em Vila Real de Santo António, tendo morrido, vítima de tuberculose, a 16 de Novembro de 1949, em Loulé. Foi guardador de cabras, cantor popular, soldado, polícia, tecelão, servente de pedreiro em França, «poeta cauteleiro». Percorria as feiras improvisando à guitarra ou vendendo folhas avulsas em quadras e glosas. Integra-se na mais pura tradição dos poetas e cantores populares portugueses. Ele próprio defenia-se assim:

Fui polícia, fui soldado
Estive fora da nação
Vendo jogo. guardei gado
Só me falta ser ladrão.

Outras quadras do poeta, que o imortalizaram, algumas com sátira.

Quem prende a água que corre
É por si próprio enganado
O ribeirinho não morre
Vai correr por outro lado.

Sei que pareço um ladrão
Mas há muitos que eu conheço,
Que, não parecendo o que são,
São aquilo que eu pareço.

Embora os meus olhos sejam
Os mais pequenos do mundo,
O que importa é que eles vejam
O que os homens são no fundo.

Eu não tenho vistas largas,
Nem grande sabedoria,
Mas dão-me as horas amargas
Lições de filosofia.

Uma mosca sem valor
Pousa co'a mesma alegria
Na careca de um doutor
Como em qualquer porcaria.

Sou um dos membros malditos
Dessa falsa sociedade
Que, baseada nos mitos,
Pode roubar à vontade.

Finges não ver a verdade,
Porque, afinal, tu compreendes
Que, atrás dessa ingenuidade,
Tens tudo quanto pretendes.

Há tantos burros mandando
Em homens de inteligência,
Que ás vezes fico pensando
Que a burrice é uma ciência.

Nós não devemos cantar
A um deus cheio de encantos
Que se deixa utilizar
P'ra bem duns e mal de tantos.

Veste bem já reparaste
Mas ele próprio ignora
Que por dentro é um contraste
Com o que mostra por fora.

Eu não sei porque razão
Certos homens, a meu ver,
Quanto mais pequenos são
Maiores querem parecer.

domingo, 28 de março de 2010

E VIVA O BENFICA!...



ORA MEUS AMIGOS, PARA QUEM GOSTA DO BENFICA, AQUI FICAM ALGUMAS IMAGENS, QUE CERTAMENTE GOSTARÃO DE VÊR. EU PESSOALMENTE JÁ QUASE GASTEI O VIDEO. SENDO ASSIM VIVA O BENFICA. PARA OS AMIGOS SPORTINGUISTAS, PORTISTAS E DEMAIS CLUBES, OS MEUS RESPEITOSOS CUMPRIMENTOS. COMO ESTE BLOG SE DESTINA MAIS Á POESIA VOU ASSIM DESPEDIR-ME EM VERSO. SAUDAÇÕES ALADAS E VERMELHAS


JÁ QUE O LEÃO NÃO VOA
E DRAGÃO NÃO VAI CORRER
CHAMEM BOMBEIROS NA BOA
ELES VÃO SAÍR DE LISBOA
COM O RABINHO A ARDER.

GANHARAM, NÃO FOI Á TOA
MAS ALGUÉM VAI FICAR MUDO
VIERAM DE BRAGA NA BOA
AO ESTÁDIO DA LUZ EM LISBOA
VÊR BENFICA POR UM CANUDO.

sexta-feira, 26 de março de 2010

SELO COMENTARISTA EXCELENTE OFERECIDO PELO AMIGO EDUARDO ALEIXO.



Este selo tem a finalidade de homenagear os comentaristas que além da assiduidade dos comentários e do esmero com que são feitos, provocam-nos a necessidade de reflectir, aprender e - sobretudo - instigam as almas e as mentes na procura de conhecimentos e sabedoria.
Com este espírito, eu ofereço a todos os meus amigos que queiram levá-lo. A regra era escolher 15 amigos, mas eu não consigo escolher ou excluir alguém. Obrigado amigo Eduardo é que eu além de quebra regras não sei se o mereço. Beijos

quarta-feira, 24 de março de 2010

QUEM SOU?




Em dias de nostalgia
Instalada em peito meu
Pergunto á noite e ao dia
Mas afinal quem sou eu

Serei barco a naufragar
Que navegou lés a lés?
Ou serei concha do mar
À deriva nas marés?

Talvez seja uma andorinha
Que voou por tantas casas
Ou então uma avezinha
Que nunca soube ter asas

Ou então sou uma flor
Quando chega a noitinha
Espalha pétalas de amor
Na alma triste, sózinha

Devo ser sonho, ilusão
Desta alma tão carente
Que guarda no coração
Máguas do antigamente

E neste mundo demente
Que em tudo me marcou
Eu pensei que era gente
E descobri que não sou.

terça-feira, 16 de março de 2010

EU HOJE FUI VÊR O MAR



Eu hoje fui ver o mar
P'ra lavar a nostalgia
Nas pedras me fui sentar
Pois eu o queria olhar
Sem ele saber que o via

Assim a pensar na vida
Ouvi a vózinha do mar
Me observou de seguida
Me disse, assim vestida
Não me podia beijar

Disse-lhe que estava gelado
Estava fria a manhãzinha
Então ficou, todo amuado
Por eu estar do outro lado
Sem me chegar á beirinha

Ao vêr-me ficar p'rá noitinha
Em sussurro, disse a cantar
Que o Sol e uma estrelinha
Iam pôr a água morninha
Para eu me poder banhar

Despi-me e com ousadia
Corri nua, na praia ao luar
Lavei minh'alma sombria
E antes de nascer o dia
Eu fiquei, amante do mar.

domingo, 7 de março de 2010

ABRI AS PORTAS À VIDA



Abri as portas à vida
E fechei atrás de mim
A vida outrora vivida
E nela escrevi um fim

Sequei meu rio de dor
Caminhei até mais não
E nas pétalas d'uma flor
Enxuguei meu coração

Na força do meu querer
Deixei de me procurar
Nas ondas do meu viver
Eu vivo p'ra me encontrar

Neste barco da esperança
Vou navegando sem norte
Nos meus sonhos de criança
Quem escreveu minha sorte?

Nos sonhos que eu sonhei
Ficaram desertos na rua
E nas flores que eu criei
Forrei a minha alma nua

E no cais do desamor
Onde me sinto perdida
Fechei a janela à dor
E abri as portas à vida.

segunda-feira, 1 de março de 2010

MINHAS MÁGOAS




Eu dissolvi na areia
As mágoas, o meu penar
Lavei-as na lua cheia
E enxuguei-as no mar

Nas águas soltas d'um rio
Lavei minh'alma cansada
E na prôa de um navio
Naveguei na madrugada

Na calma do horizonte
Descansei, o meu olhar
E junto da velha fonte
Eu passei para recordar

Ao longe, a velha nora
Onde em tempos morei
E recordei o que outrora
De lágrimas eu derramei

Passei bem junto ao jardim
Que em tempos, eu plantei
Sempre à procura de mim
Da procura, eu não achei

Pensei, o tempo passou
Isso não vou mais viver
Mas a dor me acordou
Só p'ra me fazer sofrer

E neste corpo que é meu
Eu procuro, já cansada
A criança, que cresceu
Amou, sonhou e sofreu
E se sente aprisionada.

quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

O BOLO DO AMOR



Os ingredientes fui ver
Para comprar com rigor
Porque eu queria fazer
O bom bolinho do amor

Cansada daquela andança
E farta de os procurar
Encontrei uma criança
Que me quis, logo ajudar

Da boca deu-me um sorriso
Para eu juntar á alegria
Me disse que era preciso
Polvilhar com a magia

Com seus braçitos abertos
Me ofereceu, conpreensão
Dos sentidos mais despertos
Me alertou para a razão

Me disse entre sorrisos
Os sonhos, não esquecer
Porque eles são precisos
Para continuar a viver

Da luz dos seus lindos olhos
Me deu com brilho e calor
Ternura, meiguice aos molhos
Com muitas carradas de amor

Me disse, não tem validade
E vai estar sempre presente
Dissolve esperança, amizade
E leva ao forno bem quente

Quis dar, não quis dinheiro
Me pediu com muito ardor
Que antes de provar, primeiro
Eu desse ao mundo inteiro
A receita, do bolo do amor.

domingo, 14 de fevereiro de 2010

FELIZ DIA DOS NAMORADOS COM MUITOS CARINHOS E UMA BELA SERENATA






Ó meu rico São Valentim
Onde estás, que te não vejo
Dá-me um namorado a mim
Máta-me agora, este desejo

Onde é que tu estás Valentim
Se t' atrasas, levas uma surra
Dá-me um namorado a mim
E um burro p'rá minha burra

De esperar um namorado
Até já estou, ficando preta
Podes trazer um acanhado
Um coxo ou um marreta

Onde é que anda o cupído
Tenho contas para ajustar
Pedi-lhe namorado atrevido
Deu-me um que só sabe rezar

Ó Valentim d'uma figa
Arranjaste uma coisa bela
Deste um coxo à rapariga
E um marreco à mãe dela

Destemido, muito amoroso
Assim quero um namorado
Se tem jeitos, é um jeitoso
Se não tem, anda curvado

É tarde, eu vou-me embora
Que o tempo está esgotado
Deixo-vos aqui, feito agora
Quadras feitas, não outrora
Á luz, dum candeeiro apagado

segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

O MEU JARDIM

Flores

Neste jardim do meu peito
Em tempos eu arranquei
Ervas daninhas, sem jeito
E lindas flores, eu plantei

Plantei lírios de ternura
Rosas vermelhas de amor
Cravos brancos de doçura
Amizades de todas as cores

Amores perfeitos, aos molhos
Regados de amor e perdão
Túlipas da cor dos teus olhos
Zínias da cor da emoção

Até guardei um jasmim
Que não tinha a minha idade
Esse faz parte de mim
E reguei-o com a saudade

Das papoilas fiz a brisa
Para os sonhos embalar
E da gota mais precisa
Eu fiz as ondas do mar

No cimo, em linha recta
Plantei, juntinho aos amores
Metáforas para os poetas
Arco íris para os pintores

Com o jardim todo em flor
Nelas, espalhei lembranças
Juntei, carinhos, muito amor
Para dar, a todas as crianças

Lá nasceram duas flores
Qual delas a mais querida
São elas, que dão as cores
Ao jardim da minha vida

E para vós, com amor
Eu vos ofereço de mim
A cada um, dou uma flor
Do meu modesto jardim.

quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

O MAR E A MADRUGADA

Fadas

Bela rompe a madrugada
Com todo seu esplendor
Tráz consigo a alvorada
Na brisa desenha estrada
P'ra ir ter com seu amor

Caminha, lenta e serena
Diz longo adeus ao luar
Passa à ribeira pequena
Não pode parar, tem pena
Tem um encontro com o mar

Saltita feliz, da vida
Pensa, em se apressar
Não vá a lua atrevida
Pregar-lhe uma partida
E roubar-lhe o seu mar

Salta, beija-o, extasiada
Sente o sabor do seu sal
Se amam na bela alvorada
Se enleiam na onda amada
E se enrolam até ao areal

E em cada manhã, ela vem
Quer esteja ou não luar
Dois amores, sabe que tem
Com seu mar, deixou alguém
Mas volta para os visitar

Devagarinho em surdina
Vai abrandando o andar
Vem espreitar, a menina
A madrugada, pequenina
Que o mar está, a embalar.

sexta-feira, 15 de janeiro de 2010

A MINHA JANELA

Meninas

Tenho a minha janela
Aberta de par em par
O Sol entra por ela
Nesta manhã tão bela
Para comigo dançar

Quero sentir seu calor
E quando ele me abraça
Sinto nas faces rubor
Como se fosse um amor
Da juventude que passa

Também quero, que o vento
Me venha aqui visitar
Tirar da brisa, seu alento
Ficar meigo, ternurento
Dar-me um beijo ao chegar

Mas se a lua acordar
Espreita-me à janela
Tem é que se agasalhar
Para não se constipar
Se o Sol passar por ela

E quando a noite chegar
Ás estrelas, quero dizer
P'ra me trazerem o mar
Com ondas feitas de luar
Para enfim, eu adormecer.

domingo, 10 de janeiro de 2010

OS SIGNOS DA LAURINHA.

Pois é meus amigos... isto de ser fim de ano e chegar certas datas que eu prefiro esquecer, faz com que o Alma Rude fique demasiado sério. Sendo assim eu resolvi postar as minhas previsões astrológicas para este ano e para o sexo masculino. Estas minhas previsões têm a vantagem de cada qual muda a história como quer e com o mês que quer. AH!... só se aceitam reclamações em prosa ou em verso e este estudo foi baseado em pessoas que conheço com o respectivo signo. Se porventura quiserem no feminino... também se arranja. Então lá vai. Bem Hajam.

O homem que nasce em Janeiro
Escrito na mão já tráz
Gastou o ano inteiro
Não é rico em dinheiro
Mas é um rico rapaz.

O de Fevereiro é lento
Seja de noite ou de dia
Da boca não sai lamento
Consegue adoçar o vento
É o rei da calmaria

O de Março, esse então
Define-se pelo bom gosto
Sempre enérgico e refilão
Até tem bom coração
Está sempre bem disposto.

Se nasceram em Abril, é vê-los
Ninguém aguenta a parada
Fazem de tudo novelos
Falam pelos cotovelos
Ou então não dizem nada.

O de Maio pobre coitado
Nunca sabe o que é quer
Só quando olha pró lado
Se lembra, atrapalhado
Que não levou a mulher.

O de Junho esse eu sei
Tráz a paródia na mão
Tristeza ali não tem lei
De todos eles é o rei
Da boa disposição.

O de Julho não tem meta
É forreta até fartar
Não anda de camioneta
Vai sempre de bicicleta
Pró dinheiro não gastar.

O de Agosto podem crer
Torna-se um pouco infeliz
Não gosta sequer de comer
Em vez de vinho beber
Bebe água do chafariz.

O de Setembro é alguém
Que em todos quer mandar
Presunção ele até tem
Não olha sequer p'ra ninguém
Convencido até fartar.

O de Outubro esse então
Só pensa em trabalhar
Rapaz de bom coração
Não gasta sequer um tostão
P'ra mulher poder gastar.

O de Novembro é pacato
Nunca causa reboliço
Não entra em aparato
Ele não parte um prato
E depois parte o serviço.

O de Dezembro à partida
É um artista de talento
Com pincel, ele pinta a vida
O mar, o Sol sem guarida
O sonho e até o vento.