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segunda-feira, 1 de março de 2010

MINHAS MÁGOAS




Eu dissolvi na areia
As mágoas, o meu penar
Lavei-as na lua cheia
E enxuguei-as no mar

Nas águas soltas d'um rio
Lavei minh'alma cansada
E na prôa de um navio
Naveguei na madrugada

Na calma do horizonte
Descansei, o meu olhar
E junto da velha fonte
Eu passei para recordar

Ao longe, a velha nora
Onde em tempos morei
E recordei o que outrora
De lágrimas eu derramei

Passei bem junto ao jardim
Que em tempos, eu plantei
Sempre à procura de mim
Da procura, eu não achei

Pensei, o tempo passou
Isso não vou mais viver
Mas a dor me acordou
Só p'ra me fazer sofrer

E neste corpo que é meu
Eu procuro, já cansada
A criança, que cresceu
Amou, sonhou e sofreu
E se sente aprisionada.

14 comentários:

  1. Olá Laurita
    Belo poema, quase um lamento.
    Beijos

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  2. Por céus e mares eu andei,
    Vi um poeta e vi um rei
    Na esperança de saber
    O que é o amor.

    Beijos e uma semana de paz!

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  3. Lindissimo poema.
    Faz-nos sonhar.

    Beijinhos
    Sonhadora

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  4. Solte a criança daí de dentro. É isso aí memso. Jogue as mágoas na água, na areia.Parabéns. Poema lindo. Beijos

    Estamos numa campanha FICA, FELINA. AJUDE

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  5. Olá amiga!

    Selinho "PAZ NO MUNDO"

    BUSQUE-O AKI
    http://poesiaseternas2.blogspot.com/

    Apenas um carinho meu....Beijos!

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  6. Mais um belíssimo poema.
    És poeticamente inesgotável...
    Um beijo, querida amiga.

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  7. A infância, marca para sempre a vida de cada pessoa, pois é na infância que ficam as nossas primeiras raízes, e nos acompanham para toda a vida.
    Muito eu teria para te dizer neste poema, mas apenas te digo, que é mais pedaço de ti que vem à tona. E tão lindo e maravilhoso com que já nos habituastes, parabéns minha querida pela delicadeza da tua poesia, beijinhos de luz em teu coração

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  8. E quem é que nunca no corpo que é nosso procura-mos a criança que brincou e sonhou...
    Saudade

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  9. QUERIDA LAURITA,

    Começo por pedir desculpa pela minha ausência... mas, foram dias
    extremamente dificieis para mim e sempre com os nervos à flor da pele.

    Heis-me aqui novamente para visitar,ler e deliciar-me com a tua bela criatividade.

    Beijos.

    Maria Valadas

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  10. Olá Laurita,mais um lindo poema, que fala de uma criança que viveu cresceu, e hoje é uma poetisa, e fala do que padeceu.

    José

    fica aqui duas quadras, do António Aleixo.

    Este livro que vos deixo
    e que a minha alma ditou
    vos dirá como o Aleixo
    viveu sentiu e pensou

    Não sou esperto nem bruto
    nem bem nem mal educado
    sou simplesmente o produto
    do meio em que fui criado

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  11. olá ternura

    ainda bem que vieste a mim
    assim posso deleitarme com a tua poesia

    adorei vou seguir-te mais devagar

    bom fim de semana

    beijos e poesia!!

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  12. Olá querida
    Suas mágoas, são bem criativas. Belo poema gostei muito.
    Com muito carinho BJS.

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  13. Saudade é um pouco como fome. Só passa quando se come a presença. Mas às vezes a saudade é tão profunda que a presença é pouco: quer-se absorver a outra pessoa toda. Essa vontade de um ser o outro para uma unificação inteira é um dos sentimentos mais urgentes que se tem na vida.

    Clarice Lispector

    Um Domingo de Paz e beijos meus!

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  14. Minha querida Laurita,

    Apesar da tristeza que senti, o teu dizer poético é sempre bonito. Eu gosto da forma como arrumas sentimentos em quadras, rimadas...

    Deixo-te um beijo imenso de carinho e desejo-te uma boa semana.

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