Espreitei à minha janela
Me acenou a nostalgia
Depois passou a alegria
Num sorriso de criança
Nos olhos levava esperança
Nas mãozitas uma flor
Que cuidava com amor
Não fosse a mesma partir
E sempre, sempre a sorrir
Se me abeirou da janela
Me deu a florinha singela
Com um brilho no olhar.
Abri-a de par em par
Aquela janela minha
Para entrar a florinha
Misturada com a brisa
E na hora mais precisa
Entrou também o luar
Veio a minha flor beijar
Com seus pézinhos de lã
Acordei, era manhã
E quando fui a olhar
Estava a flor e o luar
A dormir no meu divã.