FELIZ ANO NOVO MEUS AMIGOS


quarta-feira, 28 de outubro de 2009

VENDAVAL

Vendaval que em meu peito
Sossega este meu sentir
Se dormes comigo no leito
Sabes que não há outro jeito
Tu tens mesmo que partir

Deixa est'alma sossegada
Neste jardim de emoções
Se já vivo atormentada
Não digas sequer mais nada
Nem me cries mais ilusões

Não toques tal melodia
Nem entres em desvario
Porque estar nesta agonia
Sinto em minha nostalgia
Águas revoltas de um rio

Pedaços de alma fechada
Vão ler, tua linda poesia
No pó desta minha estrada
Deixo marcas na alvorada
Á porta de um novo dia

Inebriante eu entrei
No teu cais de mar sem sal
Senti-me amada e amei
Contigo então naveguei
Nas ondas do meu vendaval.

terça-feira, 27 de outubro de 2009

NA PRIMAVERA DA VIDA


Hoje, dia 27 de Outubro é uma data que me marcou pela negativa. Faz hoje 17 anos que,ao tocar o telefone, eu ouvi a maior dor que se pode ter na vida. A perda de um filho. Esta é pois uma homenagem a alguém que, foi ceifada na Primavera da vida, com apenas 19 anos. Para vós meus tios, Artur e Evangelina, pela perda da única flor do vosso jardim, aqui vai a minha modesta homenagem com todo o meu amor, com todo o meu carinho. Esteja a Carla onde estiver, ela sabe, que deixou cá, quem a adorava. Peço desculpa de só agora o fazer, mas não o consegui mais cedo e até hoje, ainda me pergunto, como é que se pode brincar, com algo de tão precioso como é a vida. Tomo a liberdade de oferecer este poema, a todos os jardins que perderam as suas flores. Jamais devia acontecer. Com todo o meu carinho. Bem hajam

NA PRIMAVERA DA VIDA

Na Primavera da vida
Te ceifaram linda flôr
Te anteciparam partida
Não viveste o teu amor

Eras rosa de jardim
Que nem sequer deu botão
Lirio, cravo ou jasmim
Quimera doce ilusão

No canteiro eras raínha
Uma flor sempre querida
Mas veio uma erva daninha
Só p'ra te roubar a vida

Foste vestida de branco
De rosa e todas as cores
Até te deram um manto
De lágrimas regado a flores

E na tua despedida
Deixaste um rio de dôr
Na Primavera da vida
Te ceifaram linda flor.

Laura

domingo, 25 de outubro de 2009

quinta-feira, 22 de outubro de 2009

UM BEIJO DE LUAR

Fui vêr o mar á noitinha
Estava lindo a bocejar
Fui de pedrinha em pedrinha
Enrolei-me numa ondinha
Com medo de o acordar

Em sonhos eu naveguei
Num barco de luz e cor
Coisas lindas eu sonhei
Até que o mar era rei
De ondas feitas de amor

Sonhei que era sempre dia
Não havia noite escura
A morte não existia
Só felicidade e magia
E nem sinal de amargura

Que a droga e a maldade
O sofrimento a ambição
Não tinham sequer validade
Nesse mundo de felicidade
Onde havia coração

Acordei, que noite bela!
Era sonho, estava luar
Olho através da janela
Qual Princípe a Cinderela
A lua me veio beijar.

domingo, 18 de outubro de 2009

sexta-feira, 16 de outubro de 2009

QUADRAS DE OUTRORA

DESILUSÃO

Sonhou a criança
Vir a ser mulher
Viveu na esperança
De um sonho qualquer

Viu que a vida fére
Ficou sem esperança
E hoje a mulher
Sonha ser criança.

TRISTE

Nos teus olhos há tristeza
Não consigo compreender
Se és triste por natureza
Ou se te te fazem sofrer

E essa tristeza medonha
E esse modo de falar
Não choras porque é vergonha
E é feio um homem chorar.

VIDA

Ó vida amarga e cruel
Onde pensas chegar assim
Porque a uns dás alegrias
A outros tristezas sem fim

Ó dôr, ciúme ó paixão
Ó amargura sentida
Diz-me depressa onde estão
As alegrias da vida.

Desilusão! triste! Vida!
Na boca ficou o sabor
São versos que á partida
Feitos outrora na vida
Ainda me causam dôr.

sexta-feira, 9 de outubro de 2009

QUADRAS SOLTAS

Um dia sem te vêr é dor
É uma eternidade
Mas se fossem dois amor
Eu morria de saudade.

No beijo da despedida
Que me deste com ansiedade
Teus doces lábios deixaram
O amargo da saudade.

Sentir saudade é dôr
E não há nada pior
Que é a saudade de amor
Não há saudade maior.

Ao olhares para as estrelas
Bem alto no firmamento
Pensa que estou a vê-las
Contigo no pensamento

E se fizeres um pedido
E essa estrela brilhar
Esse brilho terá sido
O brilho do meu olhar.

Diz o lírio com vaidade
Á rosa tão tagarela
Lá porque és da cidade
Não tens que ser a mais bela.

Seja em prosa ou em verso
Vejam bem a crueldade
De não se ser mentirosa
E ter faltado á verdade.

O vento vai embalar
As estrelas de mansinho
Não vá a lua acordar
Numa noite sem luar
E se perder no caminho.

sexta-feira, 2 de outubro de 2009

A TI POESIA

Abri janelas ao vento
Fechei os olhos e vi
Que o sonho e o lamento
Só me falavam de ti

Perdi-me na alvorada
Aconcheguei-me na brisa
E mesmo no fim da estrada
Lá estavas, bela, concisa

Fechei o meu caderninho
Guardei-te noutro lugar
E até mudei o caminho
P'ra nunca mais te encontrar

Perdi-me num labirinto
De trevas e sofrimento
Já nem eu sei, o que sinto
Nem qual é o meu tormento

Quando recuperei a calma
Sem sonhos e com alegria
Reparei que a minha alma
Só me falava de ti-POESIA.